
Dizem que na carpintaria aconteceu uma reunião esquisita.
As ferramentas se encontraram para tirar as suas diferenças:
Martelo: Disseram que ele teria que renunciar. Sabe por quê? Ele fazia muito barulho. E a maior parte do tempo, golpeava com agressividade.
Parafuso: Também deveria ser expulso. Disseram que ele sempre dava muitas voltas para chegar ao ponto.
Lixa: Exigiram que também saísse. Afinal de contas era muito áspera em seu tratamento e todas as vezes que alguém chegava perto era atrito na certa.
Metro: Concordaram que também não poderia ficar. O metro ficava medindo os demais segundo sua medida, como se fosse o único perfeito.
Enfim, cada um até concordava que tinha defeito, mas também exigia que o outro saísse.
Pois é. A reunião não ia bem, quando de repente, surge o Marceneiro.
Ele colocou o avental e iniciou o trabalho.
Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a grossa madeira inicial se transformou em um lindo móvel.
Quando o Marceneiro deixou a carpintaria, a reunião recomeçou. Disse o serrote que era o mais sábio:
“Senhores, todos nós temos defeitos. Porém, o carpinteiro trabalha com nossas qualidades. Isto é o que nos faz valiosos. Assim, vamos superar nossos pontos negativos e nos concentrarmos na utilidade de nossos pontos positivos.
Todos concluíram então que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para afinar e limar a aspereza, e observavam que o metro era preciso e exato.
Sentiram-se então uma equipe especial.
Porque sabiam como ninguém produzir móveis de qualidade.
Leandro Branquinho
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